Novos Livros publicados: O próximo do mundo. Ed Saraiva 2015
EU QUE NÃO. Ed Saraiva 2015
quinta-feira, 16 de abril de 2015
segunda-feira, 16 de março de 2015
Compartilhei, pessoalmente e diretamente, com os personagens e episódios que vem moldando o carácter da nossa historia, documentado em registros de memória coletiva. Desta plataforma privilegiada proponho esta reflexão: O continente brasileiro é complexo demais-desde a geografia até as identidades. Administrar conflitos é o papel das lideranças em divergências sem rupturas que podem ameaçar a própria soberania nacional. Isto exige maturidade emocional e superação de preconceitos criando espaços e tecidos de tolerância. A cena republicana é o talento inteligente para desenvolvimento da pátria, a emoção comum da cidadania. Jacob Pinheiro Goldberg
segunda-feira, 2 de março de 2015
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
Quando estudei latim vibrei com o discurso de Cícero no Senado romano e seu bordão "Quosque tandem abutere Catilina patietia nostra"?
Hoje o cidadão assiste a canalha ladra, assassina oferecendo a sociedade uma opção " morrer de sede ou morrer de fome", com uma alternativa "morrer de rir, palhaço!"
É a psicologia do Abominável!
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Hoje o cidadão assiste a canalha ladra, assassina oferecendo a sociedade uma opção " morrer de sede ou morrer de fome", com uma alternativa "morrer de rir, palhaço!"
É a psicologia do Abominável!
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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
Diretoria AMIA Buenos Aires -
Como em casos clássicos de judeus "suicidados"- por exemplo Iara Iavelberg, em que procedi da mesma forma apelo dadas as obvias, publicas e notórias evidencias que o heroico Alberto Nisman seja enterrado como lutador pela nobre causa dos direitos humanos
Carta-aberta a Sra. Cristina Kirchner:
Sem argumentação histórica ou sociológica sem jurisprudência ou doutrina, sem a parafernália policialesca desacreditada:
Em nome da dignidade humana a sra. deve se licenciar da Presidência da republica diante das evidentes suspeitas sobre a morte de Alberto Nisman.
O sangue regado da violência política na America Latina exige este gesto, permitindo uma investigação objetiva deste fato monstruoso.
Nada menos que isto, nada mais a acrescentar:
Licença ou renúncia, eu homenageio ao bravo povo argentino e a consciência democrática.
Doutor
em psicologia, psicólogo, professor convidado – University College London
Medical – Universidade Eotvos Liorand(Hungria) – Universytet Jagiellonski e
Universytet Warszawski (Polônia);
Middlesex University (Inglaterra); Hebrew University of Jerusalém; USP –
PUC/SP – PUCC – Universidade de Brasília – UNESP – Mackenzie, Aspirus Wausau
Hospital, Wisconsin (E.U.A.) advogado, assistente-social, escritor.
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
“Eu sou um negro”
A neurose é o poema do inconsciente. E a neurose é a
formulação de um poetastro. É um poeta menor, que deitado no divã, fica
apavorado diante de um susto permanente que ele tem, diante dos seus
desacertos. Ele sabe que dentro dele
coabitam, e entram em conflito permanentemente, duas grandes forças com as
quais ele não sabe lidar.
Mas ele tem a pré-ciência de que são elas que ordenam ou promovem a desordem de sua vida, que o leva ao sofrimento da neurose. Essas forças são a pulsão de vida e a pulsão de morte. A crueldade e a beatitude. O bem e o mal. Deus e Satã. Quando Deus e o diabo estão na Terra do Sol, os miolos esquentam. Quando os miolos esquentam, um povo vive permanentemente em estado de PMD (Psicose Mania-Depressiva). Ou o Brasil é o maior pais do mundo, ou nós estamos na beira do abismo. Quando acontece isso, não são os Tristes Trópicos de Claude Levi-Strauss. É um vulcão em pré - ebulição, e às vezes quando esse vulcão solta larvas, como foi no caso da ditadura iniciada por um psicopata paranoico que foi Mourão Filho, que saiu de Juiz de Fora para fazer o que fez, para cometer o que cometeu, nada disso é por acaso, são as larvas do vulcão. Esse vulcão não é só Brasil, é a América. Da qual extrai meu livro “O Feitiço da Amerika”.
Mas ele tem a pré-ciência de que são elas que ordenam ou promovem a desordem de sua vida, que o leva ao sofrimento da neurose. Essas forças são a pulsão de vida e a pulsão de morte. A crueldade e a beatitude. O bem e o mal. Deus e Satã. Quando Deus e o diabo estão na Terra do Sol, os miolos esquentam. Quando os miolos esquentam, um povo vive permanentemente em estado de PMD (Psicose Mania-Depressiva). Ou o Brasil é o maior pais do mundo, ou nós estamos na beira do abismo. Quando acontece isso, não são os Tristes Trópicos de Claude Levi-Strauss. É um vulcão em pré - ebulição, e às vezes quando esse vulcão solta larvas, como foi no caso da ditadura iniciada por um psicopata paranoico que foi Mourão Filho, que saiu de Juiz de Fora para fazer o que fez, para cometer o que cometeu, nada disso é por acaso, são as larvas do vulcão. Esse vulcão não é só Brasil, é a América. Da qual extrai meu livro “O Feitiço da Amerika”.
Trecho de entrevista de Jacob Pinheiro Goldberg para o
professor Renato Bulcão.
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
A INVENÇÃO DO "TUCANO". Re-publicado.
Este artigo foi publicado originariamente, na "Tribuna da Imprensa", do Rio de Janeiro, do corajoso Helio Fernandes e transcrito no "Monólogo a dois", de minha autoria. Pelo valor histórico faço constar com retificação: "P.U.C e não U.S.P".
Segue:
A INVENÇÃO DO "TUCANO"
Armando Sant’anna, cujo irmão Antônio Carlos foi um dos idealistas do
jornalismo , em
Ribeirão Preto , me convida para fazer um trabalho de Imagem
com o Governador André Franco Montoro. Programamos e toda sexta-feira de manhã
vou tomar o café matinal no Palácio, para discutirmos a forma mais adequada da
projeção de seu perfil pessoal e ideológico. O que começou como um de meus
desafios para estudar aquela personagem versátil, vai se desenrolando, também
como uma série de tertúlias culturais. O antigo líder do Partido
Democrata-Cristão de um período inteligente e culto da política paulista,
hiper-ativo, intelectualmente, voraz nas suas intenções de mudar o mundo e se
mudar. O professor da Faculdade de Direito da P.U.C. exibe sua inquietude e
preocupações multifacéticas. Numa das dinâmicas, vai pelo monólogo e o
interrogatório: “Goldberg, sou seu xará (Gold-berg-Monte de Ouro-Montouro),
descendente de judeus alsacianos, e quando penso no meu Partido, imagino, com
essa inquietação. Como poderemos distingui-lo, para a opinião pública,
visualmente, das outras agremiações partidárias? Respondo - Presidente (era o
nosso desiderato sua eleição para o próximo mandato), talvez pudéssemos fixar
um símbolo de animal ou ave, como fazem os partidos majoritários, nos E.U.A.,
emprestando um caráter lúdico à relação inconsciente, na psiquê coletiva. “Boa
idéia” responde. “Mas qual?” Num “flash”, me vem à lembrança minha última
viagem com meu pai e o Professor Olavo Di Piero até Águas de Lindóia. Passeando
pelo parque, fixo, extasiado os olhos num tucano, maravilhado com a combinação
estética. Respondo, de imediato: “Um tucano”. Montoro, em silêncio, reflete -
“Ave elegante”. Sexta-feira seguinte, no calor de outra discussão, disparo para
contestar sua argumentação - “O snr. não será presidente da República só se não
quiser”. Por fatores objetivos e subjetivos que não é oportuno discutir, agora,
esta é minha tese: Não foi porque não quís. Na comemoração de seu aniversário,
na intimidade de seu lar, encontro nossa amiga comum Glenys Silvestre e fico
matutando o belo gerente-pensador que ele seria para o Brasil. Figura fidalga
com quem privei, testemunhando o desvelo, a inteligência e um senso de
solidariedade social agudo. Quando minha mãe, a poeta Fanny Goldberg, que
dedicou seu livro “Meu caminho sem fim”, à minha cidade natal, Juiz de Fora,
morreu, lamentei-me com Montoro e contei-lhe um fato que narrei numa crônica
publicada no “Estadão”, sob o título “Encontro na eternidade”. Minha mãe tinha
combinado, por minha iniciativa e intervenção um encontro com o escritor Jorge
Luiz Borges, a mais alta literatura de nosso tempo, um encontro em Genebra ou
Buenos Aires. Num sábado melancólico, minha mãe ouvia o noticiário pela TV,
depois do almoço. O locutor informa - “Acaba de falecer, o escritor argentino
Jorge Luiz Borges”. Minha mãe estava pendurando roupa no varal, na área do
apartamento. Olha para meu pai, seu Luizinho, sorrí e cai morta de costas,
ainda e sempre com o sorriso nos lábios. Montoro ouve isto e muito mais, minhas
lamúrias e lágrimas por aquela perda, a saga da imigrante judía pobre que
dedicou seus últimos anos de vida para ensinar pintura e artes plásticas às
crianças da APAE, e com uma lupa (estava quase cega) a escrever poemas, que o
preconceito e a burrice teimam em não verificar como uma autêntica Cora
Coralina judía. Montoro responde com pigarro e tosse nervosa. Dois dias depois
seu secretário me telefona: “o Governador pede para avisá-lo do decreto que
acaba de assinar dando o nome de Fanny Goldberg, à Escola Estadual de Primeiro
Grau, no bairro de Francisco Morato.” A cerimônia do batismo se dá, por
coincidência no mesmo dia, em que recebo a notícia de que uma Escola israelita
retirava o nome de Fanny da sua biblioteca, por intriga de desafetos. Hoje
quando lembro destes e outros episódios, imagino que no céu dos poetas e
sonhadores, Montoro, Borges, Fanny e seu Luizinho, passeiam apreciando tucanos.
Porque senão, meu Deus, quantos desenganos. Mas ínvios, estranhos e fascinantes
caminhos de vida esta paisagem me intriga. Como seria esta pátria se Montoro
tivesse sido Presidente? Quando voltei de Paris, após a Copa, Boris Casoy
entrevistou-me e perguntou o que nossa torcida sentiu com a derrota. Respondí
que éra impossível ganhar o jogo com aqueles franceses cantando a “Marselhesa”.
Napoleão disse que com a Marselhesa e 5.000 soldados vencería 50.000 inimigos.
Complementei que nossa “Marselhesa” éra o hino da Independência. O entrevistado
seguinte éra o atual Ministro José Gregori. A quem fui apresentado por Montoro.
Aliás na ficha 130-7764 do D.O.P.S. (como constatei quando foram abertos os
arquivos) se documenta que fomos flagrados em assémbléia da S.B.P.C.; ele
falando sobre a “Lei dos Estrangeiros ”, eu sobre “Juventude brasileira”.
Declamei para Boris e o telespectador - “Ou ficar a pátria livre ou morrer pelo
Brasil”. Boris se emocionou, creio que Gregori, com quem tive um debate na Bnai
Brith, junto com Mario Simas, também. Hoje, se tivesse que inventar, proporia
numa fórmula doce à Frei Beto, irmão-de-fé, o personagem de Edgar Alan Poe, no
poema imortal.
“Tribuna da Imprensa”
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