SOMBRA NO CRISTAL
JACOB PINHEIRO GOLDBERG
EU
QUE ME NASCÍ PEQUENO
QUE QUANDO ME OLHO
NO ESPELHO ,
NÃO, AS VEZES, NÃO ME
VEJO GRANDE.
UM VIDRO, SOMENTE UM
VIDRO, QUE NENHUM
ALBUM MISERAVEL
É QUE NÃO É UM
TESTAMENTO NEM MESMO
UMA CERTIDÃO CARTÓRIAL
SÓ UM PEDAÇO DE
PRETENSA REFLEXÃO,
NEM AGUA TURVA,
NEM SOMBRA AGÔNICA,
CRISTAL, TALVEZ, E OLHE
LÁ. CRISTAL?
E QUER,
SOBERANO E SEM
RECURSO ME DIZER,
O TAMANHO QUE
NEM EU SEI
SEGREDO BEM- GUARDADO
E ENTERRADO NOS LÁBIOS
QUE MURMURARAM,
MEDIUNICOS, AUDICASTRADOS,
A VERSÃO VERDADEIRA,
ESTA SIM, QUE NÃO OUVI.
E ASSIM , POR
ORA,
AGORA E
SEMPRE,
AO ESPELHO RESTARÁ
MIGALHA DE FAMINTO, O
ÉCO, ESTE
SIM
DESFIGURADO
NO JOGO,
JAZIGO
MONOCÓRDIO, DO
NÃO SEI,
NÃO SEI.