Tribuna de Minas
Opinião – Artigo
25/03/2011
Nossa cultura carrega uma tradição ambivalente diante da realização humana. O conceito da Torre de Babel, em que os homens são punidos por pretenderem atingir os céus, colide com o desejo de superação e grandeza.
Rudyard Kipling, o poeta de "If", em que se faz a louvação do espírito de superioridade, foi execrado pelo seu entorno de formação colonialista. Curiosa e paradoxalmente, o fascista e farsista Ezra Pound, que serviu a Mussolini, é quase endeusado, alegando-se um martírio por suas posições políticas execráveis. Nos jogos sutis e, às vezes, não tão sutis da hipocrisia intelectual, o êxito do adversário ou do inimigo sempre fica sob suspeita.
E, agora, com a facilitação ensejada pela internet, com seu rasteiro horizonte de informação, formação e manipulação generalizada, a intriga, calúnia, injúria e difamação instauraram uma espécie de oligarquia do escracho. Qualquer semianalfabeto ou semiletrado exercita a arte iconoclasta para levar os vencedores ao charco de esculhambação. Nossa legislação deficitária dificulta a punição daqueles que "editam" e promovem uma ordem caótica.
Basta que um cidadão execute um movimento de destaque - no esporte, na ciência, nas artes, em qualquer atividade humana - e, imediatamente, desperta uma sanha rebaixada para arrastá-lo ao inferno da culpa. Desde o estadista até o vizinho do andar de cima com o automóvel novo, qualquer que consiga um lugar ou lugarzinho ao sol, e pronto. Curiosamente, este processo poupa o malandro verdadeiro, poupa o sacana de encomenda, o corrupto autêntico, o vigarista das letras.
Pelo contrário, a mesma cambada que destrói o corajoso, o realizado, o herói, ela mesma elege o covarde, o fracassado, o bandido no ranqueado (vocabulário da novilíngua de Orwell) aplaudido pela mediocridade e pela canalha do "bullyng" generalizado.
Finalmente, o Brasil tem que viver a convulsão contra a miséria e a desigualdade desumana para que todos (sem exceção) mereçam a dignidade de vida orientada com inteireza. Não existe país democrático sem inteligência e riqueza distribuída.
Opinião – Artigo
25/03/2011
Nossa cultura carrega uma tradição ambivalente diante da realização humana. O conceito da Torre de Babel, em que os homens são punidos por pretenderem atingir os céus, colide com o desejo de superação e grandeza.
Rudyard Kipling, o poeta de "If", em que se faz a louvação do espírito de superioridade, foi execrado pelo seu entorno de formação colonialista. Curiosa e paradoxalmente, o fascista e farsista Ezra Pound, que serviu a Mussolini, é quase endeusado, alegando-se um martírio por suas posições políticas execráveis. Nos jogos sutis e, às vezes, não tão sutis da hipocrisia intelectual, o êxito do adversário ou do inimigo sempre fica sob suspeita.
E, agora, com a facilitação ensejada pela internet, com seu rasteiro horizonte de informação, formação e manipulação generalizada, a intriga, calúnia, injúria e difamação instauraram uma espécie de oligarquia do escracho. Qualquer semianalfabeto ou semiletrado exercita a arte iconoclasta para levar os vencedores ao charco de esculhambação. Nossa legislação deficitária dificulta a punição daqueles que "editam" e promovem uma ordem caótica.
Basta que um cidadão execute um movimento de destaque - no esporte, na ciência, nas artes, em qualquer atividade humana - e, imediatamente, desperta uma sanha rebaixada para arrastá-lo ao inferno da culpa. Desde o estadista até o vizinho do andar de cima com o automóvel novo, qualquer que consiga um lugar ou lugarzinho ao sol, e pronto. Curiosamente, este processo poupa o malandro verdadeiro, poupa o sacana de encomenda, o corrupto autêntico, o vigarista das letras.
Pelo contrário, a mesma cambada que destrói o corajoso, o realizado, o herói, ela mesma elege o covarde, o fracassado, o bandido no ranqueado (vocabulário da novilíngua de Orwell) aplaudido pela mediocridade e pela canalha do "bullyng" generalizado.
Finalmente, o Brasil tem que viver a convulsão contra a miséria e a desigualdade desumana para que todos (sem exceção) mereçam a dignidade de vida orientada com inteireza. Não existe país democrático sem inteligência e riqueza distribuída.
3 comentários:
...tem razão,a inveja não presta
ela é uma m...
Ao sr.William,
acho que o sr.vai gostar desse artigo do dr.Jacob.
Fiz lá um comentário ao mesmo.
desculpe-me pelo sucesso
Dr.,perdoe meu lapso acima.
Eu pensei haver postado seu artigo no blog de um amigo.
Todavia,fiz isso em seguida.
Nós admiramos o seu conhecimento.
Sou uma leitora recente do seu blog.
Postar um comentário