segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Para os frequentadores da Mostra de Cinema:

Em julho de 1998 pronunciei conferência na University College London Medical School, cujo tema éra “Eva será Deus” (Eve will be God), na qual analisei, a relação masculino-feminina, sob vários aspectos. A inveja e o ciúme foram elementos essenciais para a compreensão desta realidade. Um violento feixe de sentimentos contraditórios que alimenta este mecanismo. Um assassino de 35 anos, Sirhan, tranqüilo e sorridente conta sua história. Seu principal motivo de orgulho é a eficiência com que disparou quatro tiros em sua irmã Suzanne, em março último, acertando a sua cabeça “Cheguei em casa às 8h15 e, cinco minutos depois, ela estava morta.” Três dias antes, a adolescente de 16 anos disse à polícia que tinha sido estuprada. “Ela cometeu um erro, mesmo sendo contra sua própria vontade”, explica Sirhan. “Em todo caso, se ela não morresse, a família toda morreria de vergonha”, completa. Esta nota foi publicada pela correspondente do “Time”, na Jordânia. Trata-se de um caso clássico em que a mulher, vítima do crime de estupro, paga pelo desejo masculino, desencadeado por confuso impulso de incesto-o irmão pela irmã. O ciúme, reflexo de uma posse impossível revela a inveja destrutiva. O outro possue quem eu imagino que possuo. Trata-se de mão dupla. A mulher inveja no homem o pênis, o falus, a soberania e o poder nas relações sociais. O homem inveja na mulher a gravidez, a suprema manifestação biológica de dar à luz outro ser. Isto aparece em todas as manifestações da cultura. Uma pesquisa feita nos EUA constatou que 3 milhões de crianças e jovens americanos tomam remédios como o Prozac. Mas a proporção é de 1 menina para 4 garotos.
                          Em -  "Psicologia em curta metragem".

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